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Colaborou Aline Oliveira
O forte calor tem registrado altas temperaturas em diversas regiões do País e este verão já é considerado o mais quente dos últimos cinquenta anos, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). No Rio de Janeiro, estado que tem registrado as temperaturas mais altas, os termômetros chegam a marcar 40°. Com tanto calor, os cuidados com a saúde aumentam, pois é preciso usar protetor solar, comer alimentos leves, beber muita água, entre outros. Porém, outro problema tende a aumentar com o verão: a dengue.
Segundo o infectologista Edmilson Migowski, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os cuidados não mudaram. “É preciso que as informações que já foram exaustivamente divulgadas pela mídia e pelas autoridades continuem sendo seguidas pela população, como tampar caixas d’água, não deixar que recipientes acumulem água como garrafas pet, pratinhos de plantas, calhas, pneus, entre outros”, diz o especialista.
O combate à dengue deve ser feito continuamente e não só em épocas de surto, como no verão, de acordo com Migowski. Só o Distrito Federal já registrou, este ano, 1.425 casos, 390 confirmados e duas mortes estão sob investigação. As autoridades aconselham que as pessoas continuem tomando os cuidados necessários para conter a propagação do mosquito Aedes aegypti.
Próximo surto pode acometer principalmente jovens
O infectologista diz que esse período de “calmaria” da doença no Rio de Janeiro não deve ser confundido como se ela já tivesse sido controlada. “Muitas pessoas que já tiveram contato com o vírus tipo 1, por exemplo, não vão adoecer novamente, porque um indivíduo não se contamina com o mesmo vírus duas vezes. Isso pode dar uma falsa impressão de que a doença está sob controle. O que ocorre é que ainda não houve tempo de a população ser renovada. Isto é, se houve uma grande epidemia acometendo a população, como foi o caso do Rio de Janeiro, houve um esgotamento das pessoas vulneráveis àquele vírus. Pode ser que o próximo surto de dengue venha a acometer principalmente crianças e jovens, que ainda não foram imunizados”, diz Migowski.
No Rio de Janeiro, por exemplo, ainda existe um número de infestação muito elevado, cerca de 3 a 4 vezes acima do que a Organização Mundial de Saúde (OMS) determina como sendo o máximo esperado para uma situação de controle. Edmilson Migowski diz que de 80% a 90% dos focos estão nas casas das pessoas e que 10% a 20% estão fora, ou seja, que a maior parte da responsabilidade do combate ao mosquito está com a população e o restante com as autoridades. Portanto, a melhor prevenção é o combate direto ao mosquito.
Outras informações sobre a doença podem ser adquiridas no site do Ministério da Saúde http://www.combatadengue.com.br
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