terça-feira, 26 de março de 2013

Mulheres que acabaram de dar à luz e doentes crônicos são novos grupos alvos da campanha de vacinação contra gripe

Meta do Ministério da Saúde é vacinar 31,3 milhões de pessoas entre os dias 15 e 26 de abril

Carolina Martins, do R7, em Brasília
Getty Images Campanha de vacinação contra a gripe começa dia 15 de abril e vai priorizar grupos de risco
O Ministério da Saúde anunciou, nesta terça-feira (26), a inclusão de dois novos públicos no grupo considerado prioritário da campanha de vacinação contra a gripe, que vai do dia 15 a 26 de abril.
Agora, mulheres até 45 dias depois do parto, chamadas de mulheres em puerpério, e pessoas com doenças crônicas são consideradas público-alvo da campanha, além dos idosos, gestantes, crianças de seis meses a dois anos, indígenas, pessoas privadas de liberdade e profissionais de saúde.

São consideradas crônicas as doenças respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas e neurológicas. Além disso, diabéticos, obesos, transplantados e pessoas com deficiência no sistema imunológico foram incluídos no grupo prioritário. Esse grupo já recebia recomendação de se imunizar contra a gripe, mas este ano o Ministério da Saúde que ampliar o acesso à vacina para garantir que eles sejam imunizados dentro dos centros onde recebem atendimento.

De acordo com o Ministério da Saúde, com mais pessoas fazendo parte do público-alvo, aumenta em 30% a expectativa de vacinação — 39,2 milhões de pessoas devem tomar a vacina contra a gripe durante a campanha deste ano.
No entanto, a meta é vacinar pelo menos 80% dessa população, o equivalente a 31,3 milhões de brasileiros nos 65 mil postos de vacinação que serão instalados em todos os Estados e municípios.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alerta para a importância de vacinar esses dois novos grupos. Segundo ele, ao vacinar a mãe que acabou de dar à luz, o bebê também fica protegido. E reforça o pedido para que os doentes crônicos sejam atendidos nos postos de vacinação.
— Nós fizemos uma avaliação no ano passado e percebemos que uma parte do grupo que deveria ter recebido a vacina, entre as pessoas com doenças crônicas, não receberam e evoluíram para casos mais graves da gripe, às vezes, até para óbito.
Os doentes crônicos precisam apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes que são cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS (Sistema Único de Saúde), devem se dirigir aos postos em que recebem atendimento para ser vacinado.
Vacina não dá gripe
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, fez questão de destacar que “é impossível a vacina dar gripe”.
Segundo ele, o que geralmente ocorre é que o vírus já estava incubado quando a pessoa recebe a vacina. Por isso, os sintomas podem aparecer, mas ele garante que eles não estão relacionados à imunização.
Barbosa também lembra que o maior grupo alvo é o dos idosos. Segundo ele, grande parte dos doentes crônicos tem mais de 60 anos.
— O maior grupo é o dos idosos. É entre eles e entre crianças menores de dois anos que se concentram casos graves, complicações e óbitos decorrentes da gripe. Por isso é importante a vacinação.
O secretário também lembra que é impossível eliminar a doença e que o objetivo da campanha de vacinação é reduzir a mortalidade, as complicações e as internações decorrentes das infecções pelo vírus.
Dia D
Serão distribuídas 43 milhões de doses da vacina que protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no inverno do ano passado.
Serão duas semanas de campanha, além do dia de mobilização nacional, chamado de Dia D, que será no dia 20 de abril.
Para dar suporte às campanhas dos Estados e municípios, o Ministério da Saúde repassou R$ 24,7 milhões aos fundos estaduais e municipais. Além disso, foram gastos R$ 332 milhões para comprar as 43 milhões de doses e mais R$ 12 milhões com a campanha publicitária, que começa a ser veiculada na segunda semana de abril.

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